terça-feira, 21 de dezembro de 2010 | By: Marcello

Final

A falta de algo, fim
O vácuo sente a vida
Que não vê amor único
Cega como nuvem, pedra, idéia
De roubo, ciúme mal dito.

Corte, queda, murro, chute, roxos
Amor, falso amigo, quebra, preto
Dor não igual. Dor igual
Rasgo no peito puxa algo
Para e solta a vera

Mudar de ideia por temer
Deixa-se de lado plena
Vida a fim do temor
Surge hora ideal, mas passa
Medo afeta a hora-vida

Vida passa, chega o fim
Com dor ou sem, acaba.
Medo ou não, final aqui
Ciúme nada vale mais agora
O que resta parte já.

Silêncio

Marcello Kairalla
21/12/2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 | By: Marcello

Óleos Olhosos

Toques claros, verdes toques
Folha verde que corta
Imaturo olhar verde, mole.
A semelhança de um oceano
Verde cuja água é transparente

Vento que seca, o olho molha
Areia amarela, mundo deforme
Explosão de indelicados choques amarelos
Queimaduras vermelhas do sol

Toque por toque,
Olho por toque
Toque por olho
Olho por olho.

Toque fervendo multicolorido
Lágrima escorrendo transparente
Percepção sensível, toque desinibido
Dor invisível, para aquele que mente

O excesso. Poluição sensorial
Mundo abarrotado. O foco se vai
As pessoas somem.
A beleza se torna areia.
O toque de um olhar.
Cegos passam a ver mais.

Como pisar em olhos num piscar
domingo, 28 de novembro de 2010 | By: Marcello

Fimeço

Caminho, rota, trilha, destino
Progressão, crescimento, desenvolvimento
Emblema simbolizado, insígnia, imagem.
Realização: efetuado, superado, completo
Derradeiro final, definitivo, concluído, desfecho
Diplomado, formado e constituído.

Constituído, ao final o crescimento efetuado.
Árduo caminho ao derradeiro fim aproxima-se
Inabitáveis planícies banhadas por rios de sangue
Chuva de afiadas navalhas, invasão de gangues
Desafios inúmeros, simbolizados, percorridos
Destino alcançado. Imagem superada.

Diplomado, concluído o desafio.
E se tudo não são flores, nem seriam pedras
Desenvolvimento não poderia estar completo
Se não houvesse na rota insígnias que chamam
Companhia. Definitivo seja a realização coletiva
Desfecho atingido, fértil solo, brilho dourado.

Formado. Fim da linha.
Um novo começo segue o desfecho próximo
Trilha selvagem percorrida, problemas superados
A faca nos dentes é o emblema a ser seguido
Nem as mais altas montanhas, com picos gelados
Impedem a progressão. O caminho está completo

Marcello Kairalla

27/11/2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010 | By: Marcello

Pompéia

Amor é uma erupção vulcânica

Como lava que escorre e lava a alma
Cinzas que cegam, acabam com a calma.

O fogo ataca no alvo e lentamente o derrete
Não há ramo ou galho que se mantenha inerte

A fervura fornecida pela passagem do vermelho rio
Evapora riachos precipitando-os em distantes lugares
Separando daquele aquilo que mais se precisava e o fogo riu

Grama, arbusto, tronco. Cada vez mais, longe do chão, separado
Quão grande o fluxo será a destruição, as negras avenidas formadas
Na região, ferida fixada, impossível reparar, humanamente construída

O caminho percorrendo, sem volta, fluxo diminuindo, sentimento esvaindo
Gravidade impiedosa, ao chão arrasta, nada sobra, nada voa, nada sente, vive
Na base se solidifica, dura, transformado em pedra, dura, fria, impossível de vida
O resto assolado é por, vindas do céu, cinzas, negras, que sufoca, mata e sobrevive


Marcello Kairalla
09/11/2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010 | By: Marcello

Flor

União na vida            : laços ou sedimentos
Como um rio, que tem            pelo mar, o destino,
Planta que pro alto mira,            ,a todo momento,
Sol que pousa no horizonte e            , bate o sino.

Eterna seja a Busca pelA Luz. Descansa.

Colônia            , se aplicada no sentido biológico
Desvenda o sentido lógico do simples código:
Todos,            , por todo e todo            por todos
Incessante e inalcançável,            de ser identificado.

Falsa União, mais Separado Impossível.

Do chão ao chão,            terra aterra, faceta.
A flor está, sem pétalas,             incompleta
Céu,             luz sem lua, sol , estrela, planeta
Terra sem            , mar, bosque e poeta

Uma Flor não Faz Primavera
terça-feira, 12 de outubro de 2010 | By: Marcello

Falsidade Ideológica

Análise da repetição repetidamente repetida
Através de métodos não convencionais, partida:
O uso de medicamentos contraceptivos
Focalizado na concepção de seres receptivos
Descartando possíveis desvios animais
Originados de atitudes naturais
Das ações e reações do ser humano
Em situações de nasalização efetuadas por ano
Extremamente características da língua pátria
Sátira conformada acidentalmente aleatória
Juntamente com os movimentos do eixo sagital
Do braço direito rompendo o ligamento colateral
Gerando a impossibilidade de escrever.

7/10/2010
Marcello Kairalla
segunda-feira, 27 de setembro de 2010 | By: Marcello

(Re)Passagens

O momento não é mais tão difícil,
Mas a vida não deixou de ser passagens

No tudo passa, passagens,
Encontro a mais singela verdade
A vida é composta por viagens
E, como passam, deixam saudade.
Passou abalou. A transformação de um sonho,
A borboleta abandonando o casulo medonho
Das passagens da realidade.

E passa, passa. Passa.
A força do tempo devastadora
Estoura os braços como barbantes
Que tentam resistir a uma metralhadora,
Segurar a embarcação em ventos cortantes

Encontrar algo ao tempo imune
Tornou-se uma obsessão maldita,
Pois nem pensamento resiste impune
Às perfuradoras areias, à fúria saudita.
A liquidez das passagens impressiona.

Se a inspiração ficou a cargo das pessoas
Esta é agora, também, transitória
Atingindo a universalização de pontes
Amizades, pessoas, amores, promissória.
Para criar resta o ânimo.

 
Marcello Kairalla
27/09/2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010 | By: Marcello

Sistema

Sempre na oração, a hora ficou para trás.
Atrás sem saber se estava saindo
Esvaindo, sumindo, passando
Passou.


Mais uma chance. Sentir é louvável
Mas logo se percebe a velocidade
E se solta e voa impalpável
Sem destino, tarde.
Passou.


Sem mais oras, chances.


Suspiros, sussurros de existências
Sumiu.


21/09/2010
Marcello Kairalla
terça-feira, 7 de setembro de 2010 | By: Marcello

A ilusão do novo presente

Profundidade
Dias, ciclos, idade
Indeterminado através
                      [da circularidade
O tempo, dos tarólogos o revés
Para os que o entendem, o poder

Porém nem toda                                        
                           [Forma é perfeita
Mas o movimento de repetição é evidente
Fatos se reciclam, a história é a mesma, sempre.
Imaginar que fatos passados não interferem, imprudente

Questionam sobre seus erros, mas não veem sua reincidência
Não percebe-se que estes aconteceram e acontecem de novo.

Marcello Kairalla
07/09/2010


terça-feira, 31 de agosto de 2010 | By: Marcello

A linearidade

Amanhã, o hoje será ontem
É a inexorável passagem
Da vida
Completa-se, fecha-se
A cada dia o tempo passa e as coisas voltam.

Basta isso para saber que ciclos se unem
Todos os anos
Todos os dias
E voltam. Momentos.

E como ponte entre eles
As relações agem de forma precisa
Criando laços que resistem, ou não, ao inevitável
À completude de tudo.
Ao começo, junto do final

Reatando o indispensável.
Sentado olhando. E volta.

Marcello Kairalla
30/08/2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010 | By: Marcello

Perspectiva

Puro, real, imaginário, objetivo ou desenho
Esquisito, diferente, parecido, igual, estranho
Raro achar objetos que não sejam todas estas
Simplesmente são, em qualquer, todas as festas

Perspectiva: Roma servil, esse rever é orar.
Ele ou ela ou isto, atém asse a ramos missa

Casa ou lar, perto ou longe, curto ou longo
Tamanho: um elefante ou um camundongo
Insignificância: uma agulha ou nosso planeta?
Vasto conhecimento não suprime ou afeta
A imensa, indiscutível distância que nos resta.

04/08/2010
Marcello Kairalla

Primeiro detalhe, a muito tempo não fazia um poema com tanta preocupação com as rimas.
Segundo: ele é um acróstico para perspectiva
Terceiro: Seu caráter contraditório é intencional, pois recria as diferentes visões que temos sobre o mundo, cada um com sua visão.
Quarto por mais sem sentido que pareça, os dois versos da segunda estrofe foram cautelosamente construídos. Para respeitarem uma construção possível quando lidos no sentido normal e possuírem outro sentido se lidos de trás para frente, transformando assim o sentido do poema.
Quinto: é uma mensagem para todas aquelas pessoas que eu gostaria que pudessem estar comigo, mas, por diferentes motivos, não podem.
domingo, 20 de junho de 2010 | By: Marcello

Padronizadamente Diferente

Muito se diz sobre o mundo de igualdade,
Neste lugar foi promovida a padronização
Todos agindo, vivendo a mesma realidade.
Uniformizados, uniformes, uma formação.

Previsíveis se tornaram as decisões tomadas,
O vidente deixou de ser canalha e fedorento
É possível adivinhar o futuro antes da largada.
Uniformizados, uniformes, um pensamento.

Surpreendente, no meio do padrão existe,
Realmente existe, individualidade.
Vários formatos, tamanhos, etnias, cores, pessoas.

A grande diferença não está
Ela é.
Pensa.

Marcello Kairalla
12/06/2010

Este poema é um dos mais ricos que eu já fiz. Ele trata da oposição entre igualdade e diversificação. As duas primeiras estrofes mantém, aproximandamente o tamanho de cada verso, todos rimam, é a uniformização, todo mundo é igual, o quarto verso delas é praticamente igual, indicando a repetição do comportamento humano. A estrutra 4.4.3.3 é soneto, a mais clássica da poesia mundial, extremamente padrão. Já as duas ultimas estrofes, não possuem metragem, cada verso é de um tamanho, aleatório, quebrando com a unidade anterior. Descreve-se a individualidade, a não-uniformização. Por último, quebra com tudo o que sobrou de uniforme, pois não possui tempo verbal, mostrando o que diferencia todos nós um dos outros, o fato de pensarmos.

Paraíso

Paraíso

Se existe, não há provas
Se existe, deve ser similar
Ao que se vive naquele lugar
Um mês parece poucos dias

Familiarmente receptora,
Anormalmente aconchegante.
Zarpar, uma das piores dores
Esquecida a muito custo.
Nada a ser alterado.
De vistas estonteantes,
Ah, fazenda.

Marcello Kairalla
09/06/2010

Paraíso é um poema mais simples, poucas inovações técnicas, e curto. Porém possui um significado muito forte, é uma homenagem a um dos meus lugares preferidos, e só isso bastaria para o poema. Mas, para enriquecê-lo, do ponto de vista formal, a segunda estrofe é um acróstico, o que lhe fornece certo peso criativo.

Olhos Assim

Olhos assim

Por que claro, se pode ser turvo?
E turvo, sim, é mais interessante,
Claro é previsível, portanto chato.
O turvo é invisível, logo excitante.

Turvos olhos seus, por mais claros
Escondem segredos e belezas
Que os alvos não vêem.

Indefinidos sentimentos realçam
O medo, a angústia, o destino.

O medo de escrever.
Marcello Kairalla
26/05/2010

Um poema muito interessante na sua construção, baseada em paradoxos e contradições, representa a diferença de ver e apenas olhar. A forma também é inovadora, as estrofes com 4, 3, 2, 1 versos dão ao poema um ar concentrador, para terminar com um desabafo do escritor, inesperado. Quebrar com a ordem normal é uma característica forte desta fase, sair da rotina.
Obrigado mais uma vez pelo acompanhamento! Espero que gostem desse também.
Obs: Mais um poema-homenagem, obrigado por me proporcionar esse momento de inspiração.

Voltar

Voltar
De volta para o calor, para o aconchego
Sensação de acolhimento encontrada
Só no lar é possível sentir tal apego
Que apenas é percebido na saída

O ato de Voltar significa,
Reconhecer erros
Reconciliar

Voltar é sair.
Sair de uma rotina
Criar uma vida, reconstruir.

Voltar é reencontrar algo deixado
Para trás no longo e tortuoso caminho
Da vida, que às vezes nos força a mudar de lado
Para recomeçarmos o trajeto de volta para o ninho

Marcello Kairalla
23/05/2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010 | By: Marcello

À mulher

À mulher



Mar e céu serão grandes o suficiente
E Bonitos, magníficos o bastante
Límpidos olhos que nos fitam, quente.

 
Homem qual que há de resistir aos encantos.
Universo inteiro terá de se render, alegre
Benéficas são todas as ações, pensamentos
Nada frequentes, incomuns, bela, um tigre
Essencial para o que imagino por momento
Respeitável como uma obra-prima, toda.

 
Livre, para sempre amada, nunca esquecida
Onírico será o dia em que eu a reencontrar.
Verdade seja dita, tu és mais que minha vida
Espero que você não esqueça o que é amar.

Marcello Kairalla
04/03/2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010 | By: Marcello

Faces

Mais um texto com caráter autobiográfico, um pouco alterado.
O homem de Muitas faces

Era uma tarde, muito diferente, mas ao mesmo tempo calma. Ok não era tão diferente, pensando bem era muito normal. Um dia nublado, mas havia sol em algumas regiões de São Paulo. Uma bela manhã para o trabalho de um homem.
Este homem muitíssimo sério era extremamente realizado profissionalmente mesmo sendo ligeiramente jovem, não tendo ultrapassado os 30 anos.
Esta era um das faces deste homem, a de um profissional quase inigualável, distinto em sua categoria, mas ele também se destacava por outra característica, um homem sonhador, capaz de ver e sentir as coisas de uma maneira diferente, isso o fazia viver em um estado de êxtase.
Durante seu trabalho só sofria com uma coisa, ele mesmo. Não por que se distraísse, não que tivesse qualquer coisa, apenas faltava-lhe algo.
Um homem também divertido, engraçado, sempre inteligente. Com os amigos, vivenciou de todas as graças imagináveis, consolou e foi consolado, não que fosse um homem triste, mas algo o incomodava.
Presenciou de tudo, prometeu, ajudou, correu atrás, foi fiel. Outra de suas faces, se sentia muito bem ajudando o próximo, o que fez com que várias vezes entrasse em situações desagradáveis, a única coisa que o fazia voltar a si era uma coisa que ao chegar destruía tudo, e o desanimava.
Nunca deixou de ser um homem extremamente misterioso, o mistério suaviza todas suas dores, e aumentando sua auto-estima e realizando seu maior sonho, tentar com que os outros pensem nele como pensa nos outros. E para alcançar este feito ele, o das várias faces, trocava de atitude frequentemente, e isso talvez para pessoas baixas transformou-o em falso.
Mesmo sempre procurando a perfeição em tudo que fazia nunca deixou de ter sua face flexível, altamente ajustável à tudo que acontece a sua volta. Afora um acontecimento, o fato de sempre ser perturbado por uma força que não sabe explicar.
Esta força é o amor, e por mais que ele o perturbe, desanime, lhe deixe com sensação de falta, ou sua fome por ele o excluísse, ele adorava, o Amor. Tanto fazia qual das faces ou roupas ele vestisse, sempre, indiferentemente amaria, exatamente como eu a amo.
Marcello Kairalla
01/10/2007

Verdade

Verdade

Qual seria o verdadeiro significado desta palavra, que tem como antônima a mentira, e com tantos sentidos. Um deles, por exemplo, poderia facilmente ser a realidade. Tudo que é verdadeiro é real. Mas será que verdade é só isso? Verdade pode ser qualquer idéia desde que você concorde com ela. Verdade é também autenticidade, mas autenticidade... O que seria? Existem vários casos no meu específico a autenticidade se cria no momento que afirmo que sei, sempre soube, e até quando saberei que a minha maior verdade é meu sentimento. E se eu acredito na verdade do meu sentimento não há nada que prove que ele não exista.
A mentira citada no começo tem um poder tão forte que destrói em um turno o que a verdade demora meses, anos... Mentir significa tirar o direito do próximo de saber a autêntica verdade. Mentir ou pode-se dizer em alguns casos ocultar, de longe não é minha intenção, porque minha primeira intenção é que todos saibam a minha verdade, que é sempre o que vem de dentro de mim.


Marcello Kairalla
03/08/2007
quarta-feira, 16 de junho de 2010 | By: Marcello

A dor do escritor

Poesia

Espetáculo de palavras pela liberdade
De expressar seus pensamentos independente da idade,
De cor, sexo ou etnia, sem a preocupação
Do outro, o próximo ler ou sentir satisfação

Para executar tal maravilha
Alguém, pensa, reflete, lê, escreve
Lê, escreve, amassa e recomeça
E assim segue sua longa e solitária caminhada

Sim, ele, o poeta, vive em um modo
Ativo de observação
Procurando nos pequenos detalhes enfrentar
Todos sentimentos em um grande e branco papel

Marcello Kairalla
sem noção da data.

Sagrado

Uma igreja somente?
Não... Um grande e abarrotado barroco?
Talvez, porém eternamente
Rico e poderoso. Fé, sim é de ficar louco

Sensações se perdem em meio ao ouro
Sentimentos, pensamentos e realidades
Será possível encontrar nesta ilusão algo puro?
Não, e sim uma grande mistura que pertence a todas as culturas

Luzes existem para cegar e confundir
Estas por mais ofuscantes aqui estão para os nossos olhos abrir
Mostrar, focar, clarear e apaixonar
Cada leitor deste livro que de palavras não há de precisar.

Marcello Kairalla
9/05/2007

Unidade, tudo em Diversidade

Unidade, tudo em Diversidade

Um grande jogo de cartas, isso é o mundo
Sem qualquer uma das pedras deste fio
Nosso corpo se é invalidado
Tornando-o, o mais difícil dentre os desafios

Em qualquer sociedade há de haver uma corrente
Que deveria apenas com todos os elos interessar.
Como se fosse um pequeno pente
Que precisa de todos os dentes para seu papel desempenhar

Unidade seria precisamente UM corpo
A máquina mais perfeita já criada.
Porém cada qual tem seu próprio desejo
E todos se diversificam pela Vontade Própria

Dentro de nosso Mundo, o globo vemos.
Dito também como a unidade em essência
O globo pode ser a maior das diversidades
Contendo por vezes mais do que registrado por qualquer ciência.

Talvez a maior das diversidades
Seja a de qual seria nosso papel,
Neste mundo com tantas variedades
De língua, cor, religião a principal variável
São as nossas funções neste Mundo,
Com todas as diversidades aonde eu encontro
A Minha Unidade
E de cada um, sua Verdade.

Marcello Kairalla
30/10/2007

Mar

Um dia me veio um amor
Que me trouxe também muita dor
Mas que deste mesmo jeito
Não mudou o sentimento em meu peito

E nestes poucos versos
Tento explicar os lados certos
De uma coisa que se chama Amar
Que é tão linda quanto o mar.

Amor

Um sentimento que extasia
Faz com que tudo se mova
E que todos se encham de fantasia.
Porém nem sempre se renova.

Tão difícil de explicar, porém
Tão fácil de vivenciá-lo,
Mas não esqueçamos também
Que para sentir-lo não é necessário vê-lo.

Ele não é abstrato, tem forma,
Tamanho e principalmente intensidade
O que se sente muitas vezes se deforma.
E de todas as variedades, resta apenas uma verdade.

Sim ele, o amor, existe.
Ele causa várias dúvidas e incertezas
Mas entre elas podemos afirmar
Que eu amo, e amo conseguir essa proeza.

Marcello Kairalla
07/08/2007

Estes ultimos 4 poemas, incluindo esses fazem parte de uma única mensagem que foi dita a sua época, mas parece que não perdeu a validade.

Será?

Será?

Um dia quem sabe
Irei eu descobrir que
A vida não passa de
Uma passagem.

E por assim ser sempre acabar
Mas o que devemos dela fazer
Se ela nos faz sempre pensar,
Refletir, filosofar e por vezes sofrer.

Se a vida é dividida em momentos separados
De que vale este que estou escrevendo,
Se eu sei que este (poema) será lido e fora jogado...
Um meio de libertar todos os sentimentos...

Será que além de sobreviver, tenho o direito
De curtir cada momento como se fosse único,
E assim viver com mais respeito
E ver todos os momentos como uma vida

Será que o amor pode me guiar
Por um tão tortuoso caminho
Que devo seguir para se quiser chegar
Ao lugar que tanto almejo como ninho

Será que apesar dos pesares da vida
Vou conseguir fazer com que todos
Os lindos sonhos saiam da
Imaginação e virem realidade?

Marcello Kairalla
06/08/2007

Opinião

Opinião

O que adianta ouvir sem falar,
Pensar sem falar ou até mesmo,
Amar sem se declarar
Por isso foi inventada a fala, use-a ao esmo.

Expressão é o nosso diferencial,
Todos o têm, poucos conseguem proveito dele tirar.
Meu modo de sair do normal
Foi estar a escrever e ficar a me declarar.

Por vezes o medo de se expressar
Pode causar uma desistência,
Ou até, infelizmente, falsas esperanças gerar.

Formar sua própria opinião
É a única maneira de você entrar
Em um mundo que vai além da razão,
E com opinião formada o que lhe resta é a espalhar.

Sim a possibilidade de opinar foi nos dada.
Portanto não deve haver medo em utilizá-la,
E ao usufruir desta virtude deves tentar ao máximo
Quem você ama agradar.

Marcello Kairalla
05/08/2007

Medo

Medo

Ter medo, razão de sofrer
Por antecedência sobre qualquer coisa
Não necessário, mas incluído em nosso viver.
O medo faz um papel desagradável.

Função que é tão bem desempenhada
Que sua eficiência evita muitos problemas,
Por outro lado evita também tanta olada.
E também pode trazer com isso infelicidade

Porém muitas vezes o medo
Anda ao lado da felicidade,
Pois por vezes é só atravessá-lo
Que a felicidade atacará sem piedade.

Olada: Série de coincidências felizes

Marcello Kairalla
04/08/2007

Futuro

Futuro


Se é assim que tem de ser,
Deste jeito apenas como amigos,
Eu, nada posso fazer
Afora pedir a você que você
Simplesmente me de uma oportunidade
De lhe provar que há uma possibilidade
De com apenas o seu querer,
Eu posso lhe provar que sim.

É possível conciliar as duas coisas.
Pois eu acredito que qualquer
Bom relacionamento vem da
Confiança, que é em minha opinião
O principal mérito que alguém
Pode conseguir, pois é a partir
Da confiança que saem os principais
Envolvimentos.

Se for a partir da confiança
Que se constrói este tipo de aliança
Tenho absoluta certeza,
Você não irá fazer nenhuma represa
Pois assim que você perceber
Que não sou apenas eu que acho isso
Você vai receber
Esta idéia que concordar comigo nisso.

E assim eu conseguirei,
A não ser que você precise de um tempo
E eu com certeza eu hei
De lhe conceder este momento
Para que assim tudo se realize.
Apenas tenho a lhe dizer que com uma chance eu posso lhe provar que a confiança constrói tudo.

Marcello Kairalla
5/10/2006

Questão de Luz

Ele não era iluminado,
Mas possuía um cérebro esclarecido
Talvez fosse, ao todo, muito ruim,
Mas isso não o impedia de buscar um bom fim.

Deus nunca foi suficiente para lhe dizer
O que o coração não parava de querer saber.
Não a toa, não se contentava com pouco,
O pouco não passava de um vazio ovo oco

Dificuldades não o afetavam em relação ao peso,
Seu maior problema era, sem dúvida,
O seu próprio eu, frio e duro, gesso.
Porém nem sempre assim, tão quente quanto lava.

Jogou, correu, cansou, esporte,
Torceu, vibrou, chorou, futebol.
Inclinou-se, deitou-se, olhou, sol.
Por fim parou, pensou, o tempo o machucou.

Talvez a questão não seja luz, e sim escuro.
Como qualquer um, possui um lado negro,
É infeliz pensar que a vida tem esse lado,
Que por mais odiado é conseqüentemente indispensável.

Marcello Kairalla
7/11/2007
terça-feira, 15 de junho de 2010 | By: Marcello

Passagens

Neste momento tão difícil,
Resolvo falar de passagens.

Tudo na vida passa ou acaba,
Inclusive a vida.
O ódio passa,
A tristeza passa,
A felicidade passa,
O tempo passa e
As coisas mudam

Pensando bem...
Nem tudo passa.
Uma amizade verdadeira
Não passa, nem acaba,
Se não, não seria verdadeira.

O amor também não,
Principalmente um verdadeiro,
Que por mais que lhe doa,
Lembrar dele o faz se sentir bem,
Um verdadeiro amor não passa

E se para o Poeta,
A lua é sua inspiração.
Para mim vocês todos
São a força que me faz
Viver!

Marcello Kairalla
26/09/2005

Meu primeiro poema é também o primeiro deste blog, espero que gostem