terça-feira, 21 de dezembro de 2010 | By: Marcello

Final

A falta de algo, fim
O vácuo sente a vida
Que não vê amor único
Cega como nuvem, pedra, idéia
De roubo, ciúme mal dito.

Corte, queda, murro, chute, roxos
Amor, falso amigo, quebra, preto
Dor não igual. Dor igual
Rasgo no peito puxa algo
Para e solta a vera

Mudar de ideia por temer
Deixa-se de lado plena
Vida a fim do temor
Surge hora ideal, mas passa
Medo afeta a hora-vida

Vida passa, chega o fim
Com dor ou sem, acaba.
Medo ou não, final aqui
Ciúme nada vale mais agora
O que resta parte já.

Silêncio

Marcello Kairalla
21/12/2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 | By: Marcello

Óleos Olhosos

Toques claros, verdes toques
Folha verde que corta
Imaturo olhar verde, mole.
A semelhança de um oceano
Verde cuja água é transparente

Vento que seca, o olho molha
Areia amarela, mundo deforme
Explosão de indelicados choques amarelos
Queimaduras vermelhas do sol

Toque por toque,
Olho por toque
Toque por olho
Olho por olho.

Toque fervendo multicolorido
Lágrima escorrendo transparente
Percepção sensível, toque desinibido
Dor invisível, para aquele que mente

O excesso. Poluição sensorial
Mundo abarrotado. O foco se vai
As pessoas somem.
A beleza se torna areia.
O toque de um olhar.
Cegos passam a ver mais.

Como pisar em olhos num piscar